domingo, 26 de fevereiro de 2012

Esclarecimentos sobre a democracia do estomago

Ao utilizarmos essa expressão denunciamos um sistema político que não está funcionando a favor da maioria e que por outro lado, aproveita da vulnerabilidade social de mais 50% da população para manterem-se no poder, lideranças políticas cujos processos e condenações sinalizam a qualidade da gestão desenvolvida, vinculados a lista de inelegíveis disponibilizada à Justiça Eleitoral pelo Tribunal de Contas da Bahia, mostra-se confiante na liderança que o mesmo exerce sobre a população.
Nos últimos 11 anos da nossa cidade foi repassado aos cofres municipais pela União R$ 147.504.802,12 em transferências constitucionais, sendo os anos de gestão 2008 e 2011 os que receberam a maior parte desse montante. Esses valores nos leva a refletir se o grande problema do município é a ausência de recursos. O total de recursos transferido ao município aumentou 577,3% entre os anos de 2000 e 2011.
Esses números empolgantes não são percebidos na qualidade de vida da população, prova disso são os serviços básicos que, quando existem funcionam de maneira precária, como saúde e educação. Quando se trata de infra-estrutura nos deparamos com uma cidade sem saneamento básico e com ruas e praças que parecem mais regiões afetadas por bombardeios. As pessoas são empurradas à marginalidade por não serem acolhidas pelas oportunidades que a cidade tem a obrigação de criar.
A ausência de eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos implicará irremediavelmente ao desperdício e desvio dos recursos. Não adianta continuarmos depositando água em um balde furado, do contrário teremos que nos contentar com a realidade proposta pelas lideranças da democracia do estômago, que, embora o Estado de Direito e a União através do Ministério Público os reprovem como condutores dos recursos públicos, de uma maneira não pensada a população os matem à frente dos interesses coletivos, afinal de contas a democracia é a maioria, e a maioria de nós temos necessidades básicas e nos tornamos presas fáceis de pessoas de má fé. É necessário, no entanto, fazermos uso da nossa liberdade e mostrar a população o contexto ao qual a mesma está inserida. Quem tem olhos de ver veja, quem tem ouvidos de escutar escute.          

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