segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SOMOS BRASILEIROS NOS MUNICÍPIOS:

       Para a melhoria do desenvolvimento humano de uma cidade no Brasil, é imprescindível que as instituições públicas locais sejam reconhecidas pela população, valorizadas e, principalmente, fiscalizadas. Nenhuma comunidade humana no Território Nacional pode permanecer relegada ao determinismo imposto pelos que ao invés de cumprirem a constituição, encastelam-se com o recurso da população.
       As transferências constitucionais ocorrem quase que automaticamente pela União todos os meses, e identifica-se aumento do montante dos recursos ano a ano, no entanto, as instituições do município não avançam na mesma proporção do crescimento da arrecadação. Uma das justificativas é, sem dúvida, o entendimento equivocado de gestores que confundem direitos e políticas públicas com assistencialismo financiado pelo governo federal, essa percepção no âmbito do município, enfraquece a fiscalização dos recursos e o controle social da cidade, pois os atores envolvidos recebem o recurso sem refletir sobre a origem e as implicações da aplicação correta do mesmo.
     Orienta-se que a administração dos recursos públicos no Brasil em cada unidade federada, se dê através das Leis Orçamentárias, devendo estas originarem-se na discussão do projeto com a sociedade com respaldado de estudos técnicos, depois de estabelecidas as prioridades da população, o projeto é enviado ao Poder Legislativo, se tornando uma Lei, esse rito ocorre nas três esferas de governo. Dessa maneira, o Orçamento Público materializado pelo conjunto de leis PPA, LDO e LOA, deve proporcionar o financiamento adequado das demandas da população, quando isso não ocorre, certamente há falhas na elaboração e execução do Orçamento.
      O efeito manada que ocorre de tempos em tempos na direção do Planalto Central de prefeitos das mais diversas cidades dentre as 5.570 que existem no Brasil, cujo principal mote é reivindicar mais recursos financeiros para a cidade e lastimar a divida pública municipal, muitos prefeitos que fazem das Leis Orçamentárias meras peças burocráticas e fisiológicas em seus municípios pegam carona com aqueles que reivindicam com o respaldo do serviço prestado aos munícipes. Por esta característica, a marcha republicana dos prefeitos à Brasília perde o seu simbolismo, pois muitos dos que exigem da União o cumprimento da Constituição a negam em seus territórios municipais.        

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