sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O COMBINADO NÃO SAI CARO

Se observarmos bem, de grande a mídia dominante do Brasil só tem mesmo o nome e o gigantismo, pois além de se posicionar politicamente, o que compromete a imparcialidade que se espera de veículos de comunicação em massa, desenvolve uma abordagem jornalística superficial acerca do Estado de direito, demonizam a política e se fazem de cegos diante do massacre ao interesse da maioria dos brasileiros.

Ao abordar sobre o direito à saúde, por exemplo, a imprensa dominante foca apenas nos reflexos do mau funcionamento, não investigam as suas causas. Existe uma grande pobreza na abordagem jornalística que vigora no Brasil, demonstrando-se demasiadamente medíocre diante do nosso posicionamento na geopolítica. Ainda sobre a saúde, até hoje nunca assisti uma reportagem cujo propósito fosse o aperfeiçoamento das políticas públicas do setor. 
  
O maior patrimônio de uma Nação é o seu povo, por isso mesmo, que a Constituição de 1988 tomou precauções no sentido de assegurar direitos básicos aos brasileiros, os constituintes tinham a exata dimensão do desafio que o Estado teria pela frente para corrigir séculos de injustiça acumulada. Essa reconciliação deveria ter havido desde 1888 quando o Brasil se fez República, mas pela insistência da ganância e do elitismo político que vigora até hoje, protelamos o nosso compromisso de nação solidária, diversa e próspera.

Aqui estamos nós na segunda década do século XXI e sequer somos capazes de interpretar as Leis às quais estamos submetidos devido a uma educação pública que nunca teve o propósito de empoderar o indivíduo para ser cidadão de direito. Sabemos quem são os orquestradores da mediocridade no Brasil, eles são os mesmos que nunca conformaram com a ideia de que é necessário haver igualdade e fraternidade entre os povos.

O Brasil não é uma sociedade de castas, e temos uma legislação que nos assegura isso. Se a elite econômica não se atêm a este aspecto do Estado de direito brasileiro, certamente, não estão dispostos a viver pacificamente. É impossível que não saibam isso, pois são formados nos maiores centros acadêmicos do Mundo. No formato de sociedade que escolhemos a Constituição de 1988 é o nosso principal contrato social.

Desrespeitar a principal Lei da República por meio do fisiologismo político e desfaçatez midiática, ignorando o aconselhamento dos órgãos de justiça e de controle da União, fazendo vistas grossas aos Conselhos Nacionais, elementos essenciais em nosso ordenamento jurídico, é uma estratosférica demonstração de insensatez e falta de bom senso. 

Os que acreditam no sucesso de tal empreendimento anti-republicano devem imaginar que 100% dos 204 Milhões de brasileiros, irão se dobrar diante da atmosfera criada pela grande mídia medíocre e por um  STF – Pilatos, que insiste em não cumprir o seu papel de guardião do texto constitucional desde o momento que aceitou o ataque ao princípio da soberania popular da República Federativa do Brasil.

No Brasil, todos são iguais perante a Lei, somos uma nação desigual e não abriremos mão de direitos, os que estão provocando o caos em nosso país precisam refletir acerca das consequências de ignorarem o combinado, onde existe injustiça nunca haverá conformação.   

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