sexta-feira, 27 de março de 2015

COMPORTAMENTO CORRUPTO

Na operação Lava Jato da Polícia Federal – PF, onde se investiga a existência de cartel entre empresas que contratam com a Petrobrás em diversos setores e a relação destas com partidos e políticos eleitos, a corrupção tem se apresentado como fenômeno endêmico.

Essa cultura de corrupção identificada pelo MP Federal graças a esforços conjuntos de instituições públicas como a Polícia Federal, Ministério Público e o próprio Poder Judiciário é algo que nós brasileiros convivemos diariamente e na maioria das vezes absorvemos o fenômeno com naturalidade.

Segundo o procurador federal responsável pela Lava Jato a intensidade da corrupção no setor privado brasileiro não é diferente do que ocorre nos órgãos públicos, e para enfrentar de fato a corrupção será necessária uma educação que prepare os indivíduos para ser cidadão, a cultura de participação e acesso à informação pública deve contrapor a de omissão e negligência.    

Sendo o Brasil o somatório dos municípios, que totaliza 5.570, o enfrentamento da corrupção deve começar a partir desses entes federados. Embora as somas vultosas da corrupção no âmbito da União seja as que mais chamam atenção do cidadão comum, são as cifras menores, as do município, que devem financiar o bem-estar local, é que mais impactam na vida das pessoas, logo, é necessário que haja o incentivo à participação e controle social nas cidades.   

Enquanto aceitar com indiferença a prática de atos de corrupção e desvios no cotidiano da cidade, absorvendo essa realidade como se fosse natural, a pessoa estará sinalizando o seu distanciamento do Estado democrático de direito. Justificar a si mesmo com a falsa ideia de que os fins justificam os meios em uma realidade de corrupção endêmica não alivia o corrupto e o corruptor da culpa.  

O grande desafio do Brasil é dar vida às letras da Constituição de 1988, e para isso é necessários reconhecer direitos alheios no âmbito municipal.  

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