segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

INFRAESTRUTURA DA LAGOA: CONVÊNIO 746025

Pavimentar uma APP não é tarefa fácil a engenharia deve ser de primeira linha e o volume de investimentos é significativo. No caso da lagoa, até mesmo o valor conveniado com o Ministério do Turismo causa estranhamento, pois R$ 585.000,00 seria insuficiente para concretizar projeto tão complexo, é como cimentar a margem de um rio sem se preocupar com as cheias periódicas e naturais.  

O lago do bairro Lagoinha é um afluente do Rio Pardo, como podemos constatar no mapa do Plano Urbano de Cândido Sales-BA, ou seja, qualquer ação desenvolvida nesta área carece de estudos de viabilidade mais aprofundados e investimento de grande volume de recursos.

Todos que apoiaram, omitiram-se na fiscalização e concordaram com a intervenção na lagoa, sem levar em conta as implicações da AÇÃO PÚBLICA erraram, pois ignoraram o risco de existir prejuízos com os recursos provenientes de impostos pagos por todos.

Esses políticos, empresários e até mesmo os proprietários do terreno onde está situada a Área de Preservação Permanente – APP da lagoa devem compartilhar a responsabilidade por viabilizarem uma intervenção em ambiente natural sem terem as garantias de que o projeto atenderia todas as exigências técnicas e estruturais.

Os vereadores da cidade, com exceção da única vereadora mulher, que ao menos divulga a situação através de seu perfil nas redes sociais, não levaram ao conhecimento das autoridades as irregularidades na execução do convênio n.º 746025 do município de Cândido Sales com o Ministério do Turismo.

Passados 04 anos do início da vigência do convênio, a obra que deveria ser realizada em 06 meses, acumula atraso de mais de 1.100 dias, e durante todo esse tempo, não se tem conhecimento de nenhuma ação fiscalizadora da parte da Câmara Municipal de Cândido Sales-BA referente aos convênios do município, mas especificamente o convênio da lagoa. Nesse ínterim, a obra menos atrasada na sede do município teve o prazo de entrega expirado em 21/09/2014.

Essa postura dos nossos governantes é que impede o desenvolvimento da cidade e o apoio que os maus políticos recebem de parcela da comunidade, impede que seja desenvolvida a infraestrutura local. Sempre dispostos a dar esmola com a mão do Estado os maus políticos têm no empreguismo, na subjugação do legislativo e no fraco controle social os elementos necessários para viabilizarem os seus projetos insanos.     

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