quarta-feira, 2 de outubro de 2013


VINTE E CINCO ANOS DE CONSTITUIÇÃO CIDADÃ

Passados 25 anos da promulgação da Constituição Federal, auto-proclamada a constituição cidadã que significou e significa para os brasileiros a possibilidade de exercer plenamente os seus direitos de pessoa humana. Nessas mais de duas décadas temos muito a comemorar com advento da Constituição do Brasil, principalmente pelo seu fundamento plural e abrangente, de modo que podemos confirmar que é um documento forte e legítimo. Um dos aspectos principais da constituição é a sua concepção sobre a necessidade da participação da sociedade em todos os processos que envolvem decisões de cunho coletivo. O período da história contemporânea em que se pôde observar o maior ativismo da sociedade brasileira em prol de causas coletivas e cidadãs foi no denominado período de redemocratização, que ocorreu entre 1985 a 1989. Durante esse período a Constituição de 1988 foi gerada.  
A cultura de paz é o espírito norteador da nossa constituição e em nenhum momento esta lança mão de atributos onde a intolerância possa ser justificada. Não acessar a Lei por escolha consciente é alternativa a ser priorizada, no entanto, esperar que os “invisíveis” a respeitem é piada de mau gosto. A ignorância nos distancia da cultura de paz proposta pela nossa legislação, a incompetência anula a eficiência das nossas instituições e a má fé dos agentes públicos anula, por hora, o potencial da nossa sociedade.
A máquina do imediatismo generalista e xenófobo vê na destruição de vidas humanas uma alternativa de higienização dos rastros da nossa incompetência como sociedade. O direito à vida é o mais importante, pois é pressuposto dos demais, no entanto, muitos de nós começamos a ter esse direito minado desde que nascemos, pois no contexto em que vivemos as pessoas não são capazes de trazer propostas e perspectivas que resgatem parcela significativa dos nossos concidadãos que estão na invisibilidade por não conhecerem seus direitos e serem reféns das necessidades do gênero humano, ao passo que as políticas públicas são conduzidas e realizadas sob os auspícios do interesse próprio e de pequenos grupos.

O protagonismo da sociedade será hoje ou amanhã o elemento capaz de aperfeiçoar a nossa legislação de modo que esta fique cada vez mais consonante com a realidade brasileira onde a diversidade de biomas, a concentração da população no litoral, a desigualdade econômica e social apresentam-se como desafios para a classe política e toda a sociedade. O desafio consiste em garantir que sejamos cidadãos brasileiros em qualquer quadrante do Território Nacional.   

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