Pavimentar uma APP não é tarefa
fácil a engenharia deve ser de primeira linha e o volume de investimentos é
significativo. No caso da lagoa, até mesmo o valor conveniado com o Ministério
do Turismo causa estranhamento, pois R$ 585.000,00 seria insuficiente para
concretizar projeto tão complexo, é como cimentar a margem de um rio sem se
preocupar com as cheias periódicas e naturais.
O lago do bairro Lagoinha é um
afluente do Rio Pardo, como podemos constatar no mapa do Plano Urbano de
Cândido Sales-BA, ou seja, qualquer ação desenvolvida nesta área carece de
estudos de viabilidade mais aprofundados e investimento de grande volume de
recursos.
Todos que apoiaram, omitiram-se
na fiscalização e concordaram com a intervenção na lagoa, sem levar em conta as
implicações da AÇÃO PÚBLICA erraram, pois ignoraram o risco de existir prejuízos
com os recursos provenientes de impostos pagos por todos.
Esses políticos, empresários e
até mesmo os proprietários do terreno onde está situada a Área de Preservação
Permanente – APP da lagoa devem compartilhar a responsabilidade por
viabilizarem uma intervenção em ambiente natural sem terem as garantias de que
o projeto atenderia todas as exigências técnicas e estruturais.
Os vereadores da cidade, com
exceção da única vereadora mulher, que ao menos divulga a situação através de
seu perfil nas redes sociais, não levaram ao conhecimento das autoridades as
irregularidades na execução do convênio n.º 746025 do município de Cândido
Sales com o Ministério do Turismo.
Passados 04 anos do início da
vigência do convênio, a obra que deveria ser realizada em 06 meses, acumula
atraso de mais de 1.100 dias, e durante todo esse tempo, não se tem conhecimento
de nenhuma ação fiscalizadora da parte da Câmara Municipal de Cândido Sales-BA
referente aos convênios do município, mas especificamente o convênio da lagoa.
Nesse ínterim, a obra menos atrasada na sede do município teve o prazo de
entrega expirado em 21/09/2014.
Essa postura dos nossos
governantes é que impede o desenvolvimento da cidade e o apoio que os maus
políticos recebem de parcela da comunidade, impede que seja desenvolvida a
infraestrutura local. Sempre dispostos a dar esmola com a mão do Estado os maus
políticos têm no empreguismo, na subjugação do legislativo e no fraco controle
social os elementos necessários para viabilizarem os seus projetos insanos.
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