Se observarmos bem, de grande a
mídia dominante do Brasil só tem mesmo o nome e o gigantismo, pois além de se
posicionar politicamente, o que compromete a imparcialidade que se espera de veículos
de comunicação em massa, desenvolve uma abordagem jornalística superficial
acerca do Estado de direito, demonizam a política e se fazem de cegos diante do
massacre ao interesse da maioria dos brasileiros.
Ao abordar sobre o direito à
saúde, por exemplo, a imprensa dominante foca apenas nos reflexos do mau
funcionamento, não investigam as suas causas. Existe uma grande pobreza na
abordagem jornalística que vigora no Brasil, demonstrando-se demasiadamente medíocre
diante do nosso posicionamento na geopolítica. Ainda sobre a saúde, até hoje nunca
assisti uma reportagem cujo propósito fosse o aperfeiçoamento das políticas
públicas do setor.
O maior patrimônio de uma Nação é
o seu povo, por isso mesmo, que a Constituição de 1988 tomou precauções no
sentido de assegurar direitos básicos aos brasileiros, os constituintes tinham
a exata dimensão do desafio que o Estado teria pela frente para corrigir
séculos de injustiça acumulada. Essa reconciliação deveria ter havido desde 1888
quando o Brasil se fez República, mas pela insistência da ganância e do elitismo
político que vigora até hoje, protelamos o nosso compromisso de nação solidária,
diversa e próspera.
Aqui estamos nós na segunda
década do século XXI e sequer somos capazes de interpretar as Leis às quais
estamos submetidos devido a uma educação pública que nunca teve o propósito de
empoderar o indivíduo para ser cidadão de direito. Sabemos quem são os
orquestradores da mediocridade no Brasil, eles são os mesmos que nunca
conformaram com a ideia de que é necessário haver igualdade e fraternidade
entre os povos.
O Brasil não é uma sociedade de
castas, e temos uma legislação que nos assegura isso. Se a elite econômica não se atêm a este aspecto do Estado de direito brasileiro, certamente, não
estão dispostos a viver pacificamente. É impossível que não saibam isso, pois
são formados nos maiores centros acadêmicos do Mundo. No formato de sociedade
que escolhemos a Constituição de 1988 é o nosso principal contrato social.
Desrespeitar a principal Lei da
República por meio do fisiologismo político e desfaçatez midiática, ignorando o
aconselhamento dos órgãos de justiça e de controle da União, fazendo vistas
grossas aos Conselhos Nacionais, elementos essenciais em nosso ordenamento
jurídico, é uma estratosférica demonstração de insensatez e falta de bom senso.
Os que acreditam no sucesso de
tal empreendimento anti-republicano devem imaginar que 100% dos 204 Milhões de
brasileiros, irão se dobrar diante da atmosfera criada pela grande mídia
medíocre e por um STF – Pilatos, que
insiste em não cumprir o seu papel de guardião do texto constitucional desde o
momento que aceitou o ataque ao princípio da soberania popular da República
Federativa do Brasil.
No Brasil, todos são iguais
perante a Lei, somos uma nação desigual e não abriremos mão de direitos, os que
estão provocando o caos em nosso país precisam refletir acerca das
consequências de ignorarem o combinado, onde existe injustiça nunca haverá
conformação.
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