Aconteceu em 29 de Julho de 2017,
importante seminário para discutir a questão do Rio Pardo e entender mais sobre
a criação do Comitê de Bacia, instrumento fundamental para desenvolver a gestão
dos recursos hídricos junto ao Estado brasileiro. O encontro contou com a
presença de representantes do governo estadual da Bahia, da sociedade civil e
do poder público dos quatro municípios que compõe a micro-bacia nessa região
que está situada no que os técnicos classificam como o médio Rio pardo. –
CÂNDIDO SALES, ENCRUZILHADA, RIBEIRÃO DO LARGO e ITAMBÉ. Também participou das
discussões naquele dia o representante do Centro de Estudos e Ação Social –
CEAS, instituição vinculada a Companhia de Jesus no Brasil.
Podemos afirmar que a discussão da
articulação entre Bahia e Minas Gerais através das várias entidades, inclusive,
do CEAS é a mais avançada no sentido da constituição do comitê da bacia do Rio
Pardo, que por ser um rio federal, e cruzar dois estados exigirá a implantação
de comitê misto com municípios baianos e mineiros.
É um grande desafio mobilizar as
comunidades da região que estão fragilizadas pela a vulnerabilidade social e a
pouca consciência acerca dos próprios direitos e responsabilidades, o forte
conflito de interesses dos cidadãos com a coisa pública, entre outras
características que exigem ainda mais esforço das pessoas que acreditam que é
possível Salvar o Rio Pardo.
O representante do governo da Bahia
demonstrou ampla abertura para o acolhimento das demandas que surgirem durante
a discussão sobre a formação do comitê do Pardo e orientou acerca dos
procedimentos que poderiam ser desenvolvidos por todos os agentes que estavam
ali presentes, os prefeitos dos municípios de Encruzilhada, Ribeirão do Largo,
a coordenadora de meio ambiente de Itambé, além de uma delegação do município
de Cândido Sales.
O funcionário da Secretaria de Meio
Ambiente do Estado da Bahia – SEMA-BA, ouviu críticas e reivindicações de
políticos e lideranças comunitárias dos três municípios que reclamaram a
ausência de projeto de desenvolvimento para os municípios do Semiárido baiano,
também foi criticada a falta de informações estruturadas e acessíveis da parte
das instituições do estado baiano que tratam do meio ambiente e dos recursos
naturais. Todos reconhecem a necessidade de amplo diagnóstico para a
compreensão da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo da parte baiana, pois a região
de Minas Gerais possui um volume maior de informações estruturadas e publicadas
por instituições sérias.
Também foram ouvidos técnicos
especialistas em barragem e recursos hídricos, além das pessoas que falaram da
importância e dos desafios para a construção de um Comitê de Bacia. Para a
criação do comitê são necessários ao menos 1/3 dos municípios que compõem a
bacia, desde 2015 representantes dos dois estados vêm se reunindo para discutirem
a temática do Rio Pardo, todos reconhecem a necessidade da formação do comitê
de bacia. A articulação Bahia - Minas utiliza uma metodologia que consiste em
dividir a bacia hidrográfica em micro-bacias formadas por um número menor de
territórios municipais, para facilitar a discussão e o desenvolvimento de ações
pontuais e efetivas nos municípios que participam desse grande debate e
articulação entre os dois Estados.
O representante do governo do estado da
Bahia levou as reivindicações aos seus superiores em Salvador, na oportunidade
foi cobrada mais atenção da SEMA às questões ambientais do municípios ali
presentes, principalmente, em relação à gestão dos recursos hídricos da região
que é de responsabilidade do Estado e dos municípios, a Empresa Baiana de
Saneamento e Saneamento Básico – EMBASA, também recebeu fortes críticas dos
presentes devido a ausência de preocupação da empresa com a qualidade da
captação e a preservação do rio. Ao final foi constituído grupo formado por um
representante da sociedade civil e do poder público de cada município, para
serem responsáveis pelo permanente diálogo acerca da criação do comitê de bacia
e das ações a serem desenvolvidas na micro-região formada pelos quatro municípios.
Ribeirão do Largo –
BA, 29 de Julho de 2017.
Só ressaltando sobre o Seminário de Ribeirão do Largo esteve também alem de Candido Sales, Encrizilhada, os representantes dos municípios de Itambé, Itarantim e Caatiba
ResponderExcluirIva, obrigado por participar e completar as nossas informações. Você sabe dizer se os municípios de Itarantim e Caatiba indicaram representantes na comissão para a elaboração do comitê de bacia? Caso possua informações nesse sentido compartilhe conosco!
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