A tranquilidade que Michel Temer diz ter ao deixar a
cúpula do G20 na Alemanha e retornar ao Brasil, num contexto em que ele foge
como rato da denúncia de corrupção passiva que o persegue é garantida pela
interlocução entre Henrique Meireles e o mercado financeiro.
O capitalismo predatório praticado atualmente em nosso
país é respaldado pelos brasileiros que querem um país para poucos, os que
ignoram os Objetivos da Constituição sem se preocuparem com as consequências
catastróficas de interferir na normalidade do Estado de direito através da
força do corporativismo e do poder econômico.
A normalidade do país vem sendo atingida por medidas
antidemocráticas e abusivas, Leis e Planos Estratégicos de Estado não estão
sendo respeitados pelo atual governo, que se julga acima da própria
constituição ao apoiar a retirada de direitos através de reformas apressadas e
inoportunas, somente, para “agradar” o mercado.
A confiança do atual governo no mercado é sega e
oportunista, pois atolado em corrupção em detrimento do exercício fisiológico
da política e tendo membros investigados por práticas criminosas com base no
Código Penal Brasileiro, os políticos que o compõem e, principalmente, o
presidente da República quer se safar da responsabilidade criminal cumprindo a
cartilha do mercado financeiro.
O “esforço” que a Rede Globo está fazendo para
denunciar a corrupção no governo Temer, pelo jeito não tem encorajado às
pessoas a indignarem-se e irem às ruas exigirem mudanças imediatas, isso
porque a emissora desenvolveu uma narrativa equivocada ao demonizar a política
e ser seletiva no exercício da liberdade de imprensa.
O que ficou explicito é que nem mesmo a Rede Globo é
capaz de interferir naquilo que o mercado financeiro julgar adequado para
atingir os seus interesses no Brasil. Isso explica a tranquilidade que Michel
Temer diz ter diante do pandemônio que está inserido, mesmo denunciado com
provas robustas o peemedebista acredita que a sua servidão ao mercado
financeiro é o suficiente para que o Congresso Nacional o perdoe.
Não devemos esperar piedade dos investidores
financeiros, eles não têm pudor quando o assunto é obter lucro fácil. Esses
mesmos agentes financeiros, que querem desmontar o Estado de direito do Brasil,
são os que investem na indústria da guerra e financiam projetos que prejudicam
a humanidade. O dito mercado financeiro atingiu autonomia anômala que não
respeita as limitações naturais do planeta.
Além dessa característica incomum do mercado
financeiro, que estimula um ritmo de desenvolvimento incompatível com os
recursos existentes, a prática equivocada da globalização, tem ameaçado a
autonomia de Estados Nacionais em nome do interesse de 1% da população Mundial.
Na verdade, se existe um instituto que necessita
de reformas profundas é o que compreendemos hoje como Mercado Financeiro
Internacional, as instituições e conglomerados que o compõem precisam refletir
sobre o capitalismo predatório que desenvolvem em todas as partes do planeta,
sacrificando a paz e o desenvolvimento social de nações inteiras.
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