No âmbito das empresas privadas a
competitividade é a capacidade do negócio se manter no mercado frente à
concorrência existente através do seu diferencial competitivo que pode está em
um departamento específico da empresa ou no negócio como um todo.
O
financiamento da atividade é fundamental para que a empresa atue de maneira
mais agressiva junto ao público-alvo, pois quando possui recursos suficientes
para fazer o giro, não necessitando da receita imediata, o empresário se vê na
condição de ampliar as suas aplicações na atividade principal e por meio do
investimento em outras atividades. A maioria das empresas competitivas possui o
perfil anteriormente descrito.
A
fonte do financiamento é quem determina se a competitividade de um
empreendimento é legítima. Quando as empresas são capitalizadas através de
manobras de corrupção e por meio de outras atividades criminosas, existe aí uma
concorrência desleal.
No
interior do Brasil a capitalização de indivíduos e empresas com os recursos do
poder público, passa despercebida pela população e condena pequenos municípios
a situações calamitosas em detrimento do desvio dos recursos para interesses
privados. Competição desleal é o termo civilizado para se referir aos que
afanam os recursos públicos à luz do dia e com o respaldo das “autoridades”
locais, que apostam no sucesso do empresário, mesmo que custe a vida do
município. Nesses casos, a competição é duplamente desleal, pois além de
impossibilitar a entrada de empreendimentos com fundamentos legais, a empresa
financiada pelo poder público prejudica a população, pois é o privado em
detrimento do coletivo.
O
financiamento feito aos pseudo-empresários pelo poder público local ocorre nas
diversas modalidades, que vai da dispensa ilegal de licitações, passando pela
cessão de mão-de-obra e empréstimo de máquinas e equipamentos. O conjunto de
vantagens ilícitas transferidas deliberadamente a determinados empresários ou
empresa é forte indicador de que políticos se beneficiam do esquema ilegal, do
contrário não seriam coniventes com tais práticas que ferem o bom-senso e
rasgam a legislação vigente. Normalmente os empresários que têm a prefeitura
municipal como a sua reserva pessoal de recursos, foram os mesmos que
financiaram a campanha, ou melhor, emprestaram dinheiro numa agiotagem suja que
é paga com o sangue e a lágrima das pessoas da cidade.
Os
tais empresários “competitivos” se sentem tão a vontade que deliberam o usar
todo o recurso público que lhes tiver ao alcance, até mesmo os recursos
naturais estes pretendem utilizar como se seus fossem. Essas parcerias onde os
recursos da população são ofertados a indivíduos através de mecanismos escusos
em projetos que não beneficiam em nada a população devem ser rechaçadas pela
sociedade, do contrário, continuaremos a financiar os que terão a audácia de
querer comprar o nosso voto em 2016. Diante de tal cenário a nossa omissão
poder significar o aprofundamento das nossas angústias.
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