Em 5 de Outubro deste ano a
constituição do nosso país completa 27 anos de vigência, o documento de 1988
nos assegura o Estado democrático de direito e tem nos fundamentos republicanos
os parâmetros para conduzir a nação rumo do desenvolvimento humano.
A realidade brasileira, no
entanto, ainda não comunica efetivamente com os direitos conquistados com o
advento da redemocratização. Embora a sociedade civil organizada tenha vencido
o regime de exceção, os instrumentos da democracia são desconhecidos e/ou negligenciados
em todo Território Nacional.
Essa configuração insubstituível
da sociedade brasileira deve ser encarada com a maior naturalidade possível
dado à irreversibilidade do fenômeno. É necessário, porém, que na política, a
boa-fé seja personagem permanente, para que pessoas minimamente esclarecidas
não enganem as pessoas sem nenhum esclarecimento.
O desafio da sociedade não é só
dos políticos, mas estes, por sua vez, exercem protagonismo no sentido de
enfrentá-los através de política públicas bem elaboradas e gastando o recurso
da população com lisura e honestidade.
São esses elementos fundamentais
é que percebemos que faltam na grande maioria das lideranças políticas locais.
Ainda lidam com Estado de direito como aquela descoberta burocrática de alguns
privilegiados que deve ser utilizada para perpetuar o equivoco onde se transmite
a ideia de que a política está reservada a uma elite.
Essa postura errada põe em risco
o diálogo, no caso de Cândido Sales-BA, temos uma séria dificuldade quanto ao
nível de organização social e a participação das pessoas no debate do interesse
coletivo, esta característica, por sua vez, conduz a população à falta de
perspectiva quanto a novas lideranças e novas idéias na política.
Dessa maneira, os políticos que
insistirem nos métodos personalistas e ainda sofrerem com a “síndrome da
majestade perdida” estes, dificilmente, irão contribuir para um debate
autêntico sobre o futuro e o desenvolvimento da nossa cidade.
Os políticos que sempre
carregaram a bandeira do interesse próprio, e que por traz dos seus governos,
fomentam o enriquecimento ilícito e o patrimonialismo, estes não são garantias
de tempos melhores para a comunidade, simplesmente, por não serem capazes de
solidarizarem-se com o sofrimento alheio.
Em um processo de construção,
todas as idéias devem ser acolhidas e, por meio do bom-senso identificar o
caminho a ser seguido, o papel político dos ex-gestores do município deve ser
exercido com humildade, pois os mesmos carregam experiências relevantes, e
trazem também os vícios do assistencialismo e personalismo na política.
Da mesma maneira que os
ex-gestores apresentam interesse em persistirem na cena política, devem ser
capazes de reconhecer os equívocos que cometeram, inclusive, que o caos em que
a cidade se encontra por ter um inapto à frente do Poder Executivo Municipal, é
consequência da má política praticada no município nos último 20 anos.
Na democracia todos podemos, essa
expressão é facilmente confundida por alguns com: a coisa pública não é de
ninguém, estes entendem que estar à frente da administração local é a
oportunidade de “subir na vida” com a fartura que o município oferece, no
entanto, esquecem que o recurso, aparentemente, vultoso, deve antes refletir na
qualidade de vida de toda a população, pois todos pagam tributos e, as
transferências de recursos feitas pela União aos municípios são provenientes de
cálculos per capta, de modo, que se a população do município diminuir, os
recursos de todas as áreas também retraem.
Da parte dos velhos e novos políticos,
necessitamos da demonstração de honestidade e boa fé, pois assim como os mesmos
carregam o bônus da experiência, trazem junto o ônus do prejuízo que causaram a
sociedade nos atos de improbidade administrativa, desvios de recursos públicos,
nepotismo, negligência no controle social, entre outros desvios pelos quais foram
condenados os nossos ex-gestores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário