O ano de 2015 vem sendo marcado
pelo forte empenho da sociedade civil organizada, comunidade acadêmica e
religiosa na defesa dos Direitos Humanos em todo o mundo.
A ação sensata dos que defendem o
desenvolvimento humano ocorre justamente no último dos 15 anos estabelecidos
para o alcance dos Objetivos de desenvolvimento do Milênio – ODM das Nações
Unidas.
A mobilização ocorre em contexto
de crises ambiental e humanitária, em momento definitivo da civilização humana
no que se refere às bases de desenvolvimento futuro. Atualmente, se discute as
diretrizes do sistema econômico mundial e da sociedade de consumo.
Além do passivo existente há
séculos de injustiça e desigualdade entre as pessoas do globo, o ritmo de
consumo dos inseridos e civilizados, coloca em risco o futuro de toda
humanidade, aspecto que remete à reflexão sobre os sistemas de produção e
consumo existentes e a capacidade de sobrevivência do planeta.
A humanidade tem muitos motivos
para comemorar e ser otimista, pois apesar do cenário caótico que vivencia no
século XXI, nunca foi tão justa e inclusiva, como atestam os relatórios de
instituições como a Organização das Nações Unidas – ONU.
Muitos dos objetivos de
desenvolvimento foram alcançados pela humanidade, em alguns países mais que
outros, de modo a fortalecer a ideia de que é possível tornar a condição de
sobrevivência na Terra mais justa e solidária.
O número de pessoas que passam
fome em todo o globo diminuiu significativamente, no caso brasileiro, o país
saiu do Mapa da Fome, indicador da FAO utilizado para monitorar a situação da
segurança alimentar em todo o mundo, também foi reduzida a mortalidade infantil
e materna, e as pessoas passaram a ter acesso a vacinas e todo tipo de
medicação.
A qualidade de vida no orbe tem
melhorado, mas ainda existe muito a ser feito, pessoas continuam sendo
escravizadas e submetidas a todo tipo de privação em territórios comandados por
governos despóticos e fundamentalistas.
Um número grande de pessoas
continua tendo a dignidade estraçalhada em uma cultura onde o verbo descartar
passou a ser conjugado com mais ênfase e naturalidade.
Fazendo contrapondo a essa
insensatez, líderes religiosos, comunitários, movimentos organizados da
sociedade civil, comunidade acadêmica e os governos que integram a ONU têm
construído agenda positiva de desenvolvimento humano para os próximos anos,
levando em conta a situação climática e o aquecimento global.
O mês de Setembro de 2015, por
exemplo, foi marcado pela forte mobilização em defesa do desenvolvimento
sustentável do planeta, a Cúpula das Nações da ONU que aprovou os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável – ODS foi precedida de forte mobilização de
entidades da sociedade civil, empresarial e religiosa.
Essa forte coesão fez
materializar importantes iniciativas e metas ousadas de governos e empresas,
que serão discutidas e aprofundadas na COP 21, reunião sobre o clima que
ocorrerá na cidade de Paris na França em dezembro deste ano.
O governo brasileiro assumiu
dentre outros compromissos, o de reduzir a zero o desmatamento ilegal até 2030
e implementar fontes alternativas de energia limpa em sua matriz energética. O
Brasil foi um dos países que mais se destacaram junto aos ODM estabelecidos
para o período de 2000 a 2015, principalmente, na redução da extrema pobreza e
miséria entre os brasileiros.
Membro fundador da ONU, o Brasil
possui uma configuração privilegiada se comparado à maioria dos países que
constituem as Nações Unidas. País democrático, guiado por uma constituição
humanística que completou 27 anos no último dia 05, resultante de constituinte
que garantiu objetivos ousados para a República Federativa do Brasil.
Dentre os objetivos da
constituição brasileira está a eliminação da pobreza e miséria e o fim das
desigualdades regionais no Território Nacional. Essa inclinação da legislação
do Brasil para o desenvolvimento humano facilita o alcance dos objetivos com os
quais se compromete perante as Nações Unidas.
A legislação que vigora no país é
relativamente nova e a maioria da população, ainda não a absorveu de modo a ter
a autonomia necessária para a construção de um desenvolvimento coletivo
equitativo e universal.
Os sabotadores da Constituição de
1988 estão, em sua maioria, na própria política e desvirtuam o funcionamento de
instituições públicas e coletivas para atender a interesses pessoais e
corporativistas. No entanto, esses mesmos sabotadores se esbarram nos
princípios da constituição que são fortes e soberanos.
Esses maus políticos que impedem
o desenvolvimento de um povo livre trabalham contra os princípios da carta
magna no intuito de manter as pessoas submetidas ao assistencialismo, agora
financiado com os impostos da própria população.
A Constituição de 1988
reconhecida como a constituição cidadã assegura instrumentos de participação e
controle social e deixa claro o papel que deve ser exercido por cada cidadão no
Estado democrático de direito, de modo, que à medida que o indivíduo compreender
o seu papel na sociedade será capaz de contribuir para o desenvolvimento da
nação.
Além de eleger os representantes
o cidadão brasileiro também deve participar de maneira direta através dos
conselhos de políticas públicas e da participação individual no exercício do controle
social, nesse sentido, as conferências públicas que, segundo a lei, deve
ocorrer em todas as unidades da federação, representam o espaço ideal para o
cidadão, juntamente com o governo democrático, construir políticas e planos com
base na legislação vigente.
Desse modo, a participação
autêntica dos cidadãos brasileiros é fundamental para a consolidação do Estado
de direito, à medida que as pessoas não se importam com as questões de
interesse público no Brasil, do município à União, deixa margem para que as
instituições sejam conduzidas de maneira equivocada por pessoas de má-fé.
Temos todos os elementos para se
construir uma sociedade mais fraterna e solidária no Brasil, possibilitando o
desenvolvimento humano para todas as pessoas, no entanto, é necessário
desestimular os que enxergam na coisa pública a possibilidade de ganhos fáceis,
os criminosos travestidos de pessoas de bem que insistem em fazer o mau uso do
direito político, para construírem seus patrimônios pessoais.
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