Ambiente natural do Território
Municipal de Cândido Sales-BA a lagoa está situada na sede do município, mais
precisamente no bairro Lagoinha. O lago faz parte do sistema de afluentes do
Rio Pardo e funciona como verdadeira caixa d’água recebendo um vultoso volume
do líquido nos períodos chuvosos, momento em que a natureza exige o potencial
dos rios pluviais.
No ano de 2011 a prefeitura
municipal enviou ao Ministério do Turismo proposta de convênio cujo objeto
seria INFRA-ESTRUTURA TURÍSTICA NA PRAÇA E LAGO DO BAIRRO LAGOINHA, a
justificativa apresentada pelo município dá a entender que já existia uma praça
no local, ou seja, na lagoa, logo, os R$ 590.000,00 (Quinhentos e Noventa Mil)
na verdade seria para recuperar uma estrutura que, em tese, já existia.
Esse aspecto introdutório do
convênio 746025 do município de Cândido Sales-BA com o Ministério do Turismo,
por si só caberia auditoria da parte do GESTOR MUNICIPAL que deve está
comprometido com o interesse coletivo e o patrimônio da população. No entanto,
o atual prefeito assinou TERMO ADITIVO com a empresa executora da obra lagoa,
que após 03 três anos de contrato não conseguiu executá-la, segundo o edital,
seria concluída em 06 meses.
O festival de irregularidades que
têm ocorrido entorno da OBRA DA LAGOA perdura há mais de três anos, e durante
esse tempo já foi anunciada quase uma dezena de datas para a entrega do
empreendimento público à população e nenhuma foi cumprida.
O desafio de se usar um recurso
que seria para uma reestruturação num contexto em que é necessário construir a
infraestrutura básica está justamente na quantidade de recurso existente,
talvez, o valor que o município conseguiu conveniar com o Ministério do Turismo,
não seria suficiente, nem mesmo para pagar um projeto básico de intervenção em
Área de Preservação Permanente – APP.
A obra está condenada se levarmos
em conta que a infraestrutura que está sendo ali implementada não é compatível
com as adversidades naturais do ambiente, também está condenada se nos guiarmos
pelo bom senso e sermos capazes de reconhecer o Plano Diretor Urbano – PDU da
nossa cidade como referência técnica para implementos em infraestrutura.
São dezenas de horas/homem
empregadas, centenas de sacos de cimento, dezenas de caçambas de areia e
toneladas de ferro e brita, sem falar nos blocos e todos os outros materiais e
insumos que são utilizados numa obra desta magnitude, afinal pavimentar a
margem de um rio pluvial não é tarefa fácil, e se tudo isso ficar debaixo d’água?
Quem se responsabilizará pelo prejuízo?
Desde o começo dos trabalhos da
empresa que venceu a licitação em 2012, ocasião em que foi fixada a primeira
placa cuja data prevista para o término era 30/12/2012 o movimento solicitou
das autoridades públicas do município que divulgassem o PROJETO BÁSICO da obra
na lagoa e também o PROJETO EXECUTIVO, até mesmo para fazer um acompanhamento
mais eficiente, levando informações úteis aos cidadãos.
O poder público local, até o
presente momento, não divulgou em plataforma acessível o projeto técnico
relacionado à execução do convênio 746025, e na consulta realizada ao site da
prefeitura sobre os documentos relacionados à obra da lagoa, não foi possível
encontrar o projeto básico entre os documentos disponibilizados.
O projeto executivo, por sua vez,
deveria ser elaborado pela empresa que venceu a licitação, detalhando, como o
empreendimento seria e executado e quais recursos humanos, técnicos e
financeiros seriam necessário diante do pleito. O que é estranho é que até o
ano de 2015 a prefeitura não detinha o espaço integral do terreno onde hoje
está sendo construída a obra de infraestrutura turística.
Ou seja, se a obra foi LICITADA
em Junho de 2012, o que suscita a existência de toda a legalidade para a
realização do pleito, como a prefeitura somente em 2015 conseguiu convencer os
proprietários da área a cederem o espaço para a construção de tal estrutura? E
o projeto inicialmente elaborado, foi feito tendo como referência qual espaço?
A ausência de pessoas bem
intencionadas na política local tem possibilitado o show de irregularidades que
seguem acontecendo entorno do referido projeto, mais recentemente, em sua
última aparição na rádio local o prefeito afirmou que a sua gestão estará
fazendo investimento extra na obra da lagoa, para improvisar manilhas, pois o
projeto licitado em 2012 não previu que seria necessário canalizar a água do
lago.
Diante de tantas evidências de
irregularidades nas obras que estão sendo realizadas há mais de três anos no
ambiente natural da lagoa em Cândido Sales-BA, caberia às autoridades e à
sociedade local interromper essa intervenção na APP até que se tenha garantias
de que a obra não está sendo tocada pelo improviso e irresponsabilidade.
O mais interessante q parece um problema politico seu com a administração. Pois se houvesse preocupação com a app vc teria denunciado tbm a construção de imoveis na area de escoamento da agua da lagoa... coisa q eu não vi vc fazer um comentario... a lagoa sempre foi abandonada depois da obra vai ganhar vida e um lugar de lazer para nosso povo... ja deveria estar pronta? Concordo q deveria mais no seu comentario parece q vc não aceita oq esta sendo feito e q preferia a lagoa abandonada
ResponderExcluirEmerson talvez não tido acesso a outras publicações onde abordamos sobre o Plano Diretor Urbano do município, a nossa concentração em denunciar as irregularidades na lagoa se deve ao fato de ser da responsabilidade do poder público e de interesse coletivo, além do mais, as pessoas receberam documentação da prefeitura assegurando que ali é propício à moradia, ou seja, mais uma responsabilidade da prefeitura municipal. Leia o texto "Os 8 erros na obra da lagoa" http://cidadenossa.blogspot.com.br/2015/11/8-erros-graves-no-projeto-da-lagoa.html talvez consiga entender melhor a discussão que está sendo feita neste blog.
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