O mais importante é saber se posicionar, e não é difícil, basta observar como se comporta os cabos eleitorais após ganharem o governo.
A maneira nociva como os maus políticos conduzem o patrimônio
da população acontece com a cumplicidade de cidadãos que comungam o projeto
político que vence nas urnas através de métodos lícitos e ilícitos. Esses cabos
eleitorais aceitam o erro com naturalidade, desde que seus interesses pessoais
sejam assegurados.
Empresário, comerciante, sindicalista, trabalhador e
desempregado, quando é um mau eleitor e está alinhado com o banditismo na política
trocam a consciência por dinheiro, fantasia e poder.
Maus eleitores ignoram a realidade na qual estão inseridos e,
para satisfazerem suas ambições pessoais, se infiltram na política na
expectativa de assegurar o crescimento do patrimônio. Fazem vista grossa para o
perfil socioeconômico do lugar onde vivem e viabilizam golpes contratuais para
drenarem recursos públicos.
O mau governo é consequência direta de cabos eleitorais e
financiadores de campanha que querem construir riqueza pessoal através da
máquina pública. Inviabilizam o interesse da população ao lotearem setores da
administração pública tornando-os empresas pessoais.
No sistema democrático brasileiro o cidadão deve ser co-responsável
pelo bom funcionamento da coisa pública. O mau eleitor, por sua vez, foge do
controle social e não participa da construção das políticas públicas. Quando recorrem
às informações públicas e para garimpar alguma vantagem pessoal ou comercial.
A gana dos cabos eleitorais os impedem de ter visão de longo
prazo e, transformam os quatro anos do mandato público em corrida maluca cuja meta
é tirar o máximo de vantagem para si e seus familiares através das possibilidades
criadas pelos recursos públicos, sacrificando o interesse coletivo e o
desenvolvimento local, inviabilizando obras e investimentos.
Antes de procurar o candidato ideal o eleitor precisa
observar como tem se posicionado quanto aos seus direitos políticos e ao voto.
É necessário romper a hipocrisia e assumir o papel de cidadão não compactuando
com os maus políticos e participando efetivamente.
Maus eleitores se transformam em políticos que causam
prejuízo à sociedade, pois são motivados apenas pelos ganhos que os contratos
públicos possibilitam e, por isso, investem alto para se perpetuarem no poder
parasitando o desenvolvimento do lugar.
É preciso merecer bons representantes, e esse merecimento é
uma conquista coletiva fruto de bom senso e reciprocidade que, sempre surge, em
algum momento de uma sociedade humana. No entanto, para que isso ocorra é necessário
exercer os direitos políticos com responsabilidade.
Não se alinhar aos que saqueiam os recursos públicos também é
uma maneira de exercer os direitos políticos com responsabilidade. E, o mais
importante, se informar e participar da vida política conscientemente.
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