terça-feira, 8 de abril de 2014

BRASIL: PAÍS DA CORRUPÇÃO

A corrupção, vista no Brasil como fenômeno endêmico poder ser explicada pelo próprio processo de formação do país, num contexto em que degredados de todas as partes do mundo digiram-se à Terra Nova, hoje somos o resultado desse processo iniciado em 1500 da hera Cristã, onde na ânsia das conquistas e exploração econômica das terras descobertas foram constituindo uma nação eivada pela injustiça, no entanto, funcional. As injustiças sofridas pelos povos negros, por exemplo, denuncia a lógica econômica que perdurou no país até o final do século XIX, enquanto a prática do escravismo era condenada por todas as nações civilizadas do período, o Brasil foi um dos últimos países a se libertar desta chaga da subjugação humana, lógica perversa, onde se apóia em conceitos que uma suposta inferioridade do outro justificaria tal exploração insana.
O Brasil corrupto é constituído de pessoas que determinam o seu padrão de desenvolvimento nas escolhas do dia-a-dia e, principalmente, ao eleger representantes públicos para conduzirem as nossas instituições locais, que são necessárias para o adiantamento civilizatório de uma comunidade. A corrupção atrelada a ganhos e satisfações fáceis subjuga os indivíduos desanimados, de modo a desacreditarem nas suas próprias instituições, ou seja, em si mesmo. Além de outros males e doenças sociais advindas de um contexto onde a sociedade não reconhece a si mesmo diante do que ela mesma criou, afinal, a realidade que temos hoje não é produto do acaso. Deparamos com analfabetos funcionais tomados pela ganância comandando interesses de toda uma coletividade, deputados condenados por crimes que vão desde a lavagem de dinheiro até o uso de trabalho escravo infantil, decidindo quais são as prioridades da Nação.
 A apatia política é o principal ato de corrupção do povo brasileiro, que se contenta com pouco, e vê dificuldade em exigir que se cumpram direitos objetivos respaldados por uma Constituição Nacional. Tudo começa nos municípios, onde as pessoas vivem e de onde as pessoas fazem suas projeções para o mundo e diante do mundo. Quando negamos as nossas instituições locais associando-as meramente aos políticos que por hora as dirigem cometemos um grande ato de irresponsabilidade, pois estamos sendo omissos em uma democracia participativa. Não adianta dizermos que política não presta se não somos capazes de exercer ao menos o controle social necessário para fazer tal juízo. A falta de nexo entre as atitudes e palavras das pessoas que condenam a política e os políticos no Brasil, atribuindo a estes toda a culpa da corrupção denuncia a falta de conhecimento dessas pessoas à cerca da relação existente entre política e Estado democrático de direito, esse distanciamento que as pessoas orgulhosamente preferem ter da política é um grande cinismo e em muitos casos, os mesmos que falam mal, aceitam os benefícios cedidos pelo político corrupto.    

      Vivemos um tempo de rompimento desses paradigmas danosos às comunidades do mundo inteiro, o Brasil por sua vez, e com base na legislação que dispõe não se limitará a conceitos e práticas de alguns seguimentos ilegítimos da nossa sociedade que contentam em “deixar tudo como está para ver como é que fica.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário