Uma participação autêntica na
democracia não é exercida sob o despeito e a falta da compreensão necessária do
significado de coisa pública. Líderes que se inculcam em dominar o patrimônio
de todos e conduzir-lo com base em seus projetos pessoais, ainda não se deram
conta de que estamos em um Estado democrático de direito.
Neste contexto, as instituições
locais, instrumentos responsáveis de nos assegurar civilidade e qualidade de
vida se vêem inutilizadas e anuladas em seus fundamentos e ação em decorrência
das pessoas que entendem a política e as possibilidades da comunidade como seu
patrimônio pessoal. Esse tipo de comportamento antidemocrático dos políticos
personalistas e assistencialistas, mantém a população sob o cisma da
impossibilidade.
Se levar em conta a receita
prevista em orçamentos municipais como o de Cândido Sales-BA, cidade de 27 mil
habitantes, por exemplo, que corresponde a R$ 50 Milhões anualmente, é possível
perceber que existem muitos aspectos a serem esclarecidos à população pelos que
estiveram à frente do município e os que estão atualmente, é necessário
explicar, porque o município, mesmo tendo receita corrente vive sob condições
precárias em vários serviços públicos que deveriam ser obrigatoriamente oferecidos
pelo município.
O político assistencialista
ignora que o cidadão possui direitos, e se auto-proclama provedor da coisa
provida, entregam às pessoas serviços públicos pagos com impostos e transmitem
a estas a impressão de que lhes tão fazendo um favor ou dando um presente. Esse
tipo de político é nocivo ao interesse público, pois ao invés de esclarecer a
população carente sobre os seus direitos, dentro de uma perspectiva democrática,
preferem tirar proveito do desconhecimento do cidadão.
Os que se apresentam como heróis
e heroínas, mas que na prática não são capazes de fazerem a coisa pública
funcionar a favor da coletividade, estes sobreviverão na política até o
despertar da consciência coletiva.
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