Basta conclamarmos o princípio da
igualdade para perceber que existe algo errado na condução do debate político
em nosso país, a estratégia de utilizar a grande mídia, mídia comercial, a que
os brasileiros adotaram a mais de meio século como mentora máxima, justamente, pela
ausência de uma educação que o tornasse sujeito crítico. Esses veículos vivem
da audiência e do rendimento comercial das metrópoles e regiões metropolitanas,
onde está concentrada parcela significativa de brasileiros numa pequena porção
do Território Nacional.
Esses veículos de mídia possuem
as suas sedes administrativas e de produção nas principais capitais do país, as
mais ricas, onde se alinham aos interesses corporativos que lhes são
convenientes, é nesse momento, que o interesse privado passa a determinar os
objetivos e a programação de conteúdos dessas empresas, que não estão
comprometidos com o interesse do Estado democrático de direito.
A grande mídia e seus
controladores querem ser donos do Brasil com uma mediocridade que pode ser
observada mesmo depois do atlântico. São analfabetos políticos e querem
manifestar-se na democracia atingindo o direito constitucional ao exercício da
política, o mesmo que quebrar o degrau da escada e depois reclamar por não ter
avançado na subida. A política que é o instrumento mais evoluído que a
humanidade criou para a resolução de conflitos de interesses, para alguns
setores da mídia brasileira é alvo de perseguição e meias verdades, muitas
vezes maquiadas, editadas e sem nenhum efeito por serem ilegais.
Outro aspecto da avacalhação da
mídia medíocre do Brasil está no fato de concentrar-se apenas em algumas
cidades grandes ao passo que o país é constituído de 5.570 municípios, sendo
que 80% desses têm até 30.000 habitantes, é muito fácil para os donos dos meios
colocarem os servidores nas principais avenidas das nossas metrópoles, o que
reforça o caráter injusto e desigual da condução que está sendo dada ao debate
político no Brasil.
Os apoiadores da ilegalidade e
parcialidade, analfabetos políticos, estão concentrados no Estado que tem uma
das piores educações do país, em que agentes do Estado roubam merenda escolar
de crianças e agridem estudantes dentro da escola, na avenida, na falta d’água
e em tantas outras circunstâncias em que o governo de São Paulo fere a
constituição brasileira e cerceia direitos dos que estão ali concentrados, é
nesse Estado também que os filhos da periferia não podem frequentar os
shoppings em grupo, pois a elite logo imagina que se trata de um arrastão.
Os institutos de onde são
extraídos os principais dados estatísticos e econômicos pelos quais se orienta
a GRANDE pequena mídia, não retratam o Brasil de maneira integral, a corrupção que
existe na própria sociedade, nas instituições do setor privado, nas ONGs, nos
municípios e, principalmente, nos DIVERSOS PARTIDOS, não é debatida e encarada
pelos veículos da mídia televisiva do nosso país porque não é conveniente, pois
querem perseguir os que vestem vermelho, os que estão do outro lado da cerca da
segregação social a qual querem impor ao Brasil.
Essa postura desleal à Lei
promovida por empresas que usufruem de concessões do Estado demonstra
fragilidade em nosso ordenamento jurídico, pois em nome da liberdade de
expressão autoriza uma grande corporação multinacional interferir na política
interna do país de maneira ilegal e com informações “vazadas” de modo sorrateiro
e seletivo, esperamos que o JUDICIÁRIO brasileiro coloque ordem nesse caos
criado pela mídia, e que o princípio da igualdade seja levado em conta, estão
querendo impedir a participação dos seguimentos populares no Estado democrático
de direito, o que é um crime, mesmo sem possuírem proposta alternativa.
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