sexta-feira, 18 de março de 2016

GOLPE É RETROCESSO, MAIS DEMOCRACIA

Basta conclamarmos o princípio da igualdade para perceber que existe algo errado na condução do debate político em nosso país, a estratégia de utilizar a grande mídia, mídia comercial, a que os brasileiros adotaram a mais de meio século como mentora máxima, justamente, pela ausência de uma educação que o tornasse sujeito crítico. Esses veículos vivem da audiência e do rendimento comercial das metrópoles e regiões metropolitanas, onde está concentrada parcela significativa de brasileiros numa pequena porção do Território Nacional.

Esses veículos de mídia possuem as suas sedes administrativas e de produção nas principais capitais do país, as mais ricas, onde se alinham aos interesses corporativos que lhes são convenientes, é nesse momento, que o interesse privado passa a determinar os objetivos e a programação de conteúdos dessas empresas, que não estão comprometidos com o interesse do Estado democrático de direito.

A grande mídia e seus controladores querem ser donos do Brasil com uma mediocridade que pode ser observada mesmo depois do atlântico. São analfabetos políticos e querem manifestar-se na democracia atingindo o direito constitucional ao exercício da política, o mesmo que quebrar o degrau da escada e depois reclamar por não ter avançado na subida. A política que é o instrumento mais evoluído que a humanidade criou para a resolução de conflitos de interesses, para alguns setores da mídia brasileira é alvo de perseguição e meias verdades, muitas vezes maquiadas, editadas e sem nenhum efeito por serem ilegais.

Outro aspecto da avacalhação da mídia medíocre do Brasil está no fato de concentrar-se apenas em algumas cidades grandes ao passo que o país é constituído de 5.570 municípios, sendo que 80% desses têm até 30.000 habitantes, é muito fácil para os donos dos meios colocarem os servidores nas principais avenidas das nossas metrópoles, o que reforça o caráter injusto e desigual da condução que está sendo dada ao debate político no Brasil.

Os apoiadores da ilegalidade e parcialidade, analfabetos políticos, estão concentrados no Estado que tem uma das piores educações do país, em que agentes do Estado roubam merenda escolar de crianças e agridem estudantes dentro da escola, na avenida, na falta d’água e em tantas outras circunstâncias em que o governo de São Paulo fere a constituição brasileira e cerceia direitos dos que estão ali concentrados, é nesse Estado também que os filhos da periferia não podem frequentar os shoppings em grupo, pois a elite logo imagina que se trata de um arrastão.

Os institutos de onde são extraídos os principais dados estatísticos e econômicos pelos quais se orienta a GRANDE pequena mídia, não retratam o Brasil de maneira integral, a corrupção que existe na própria sociedade, nas instituições do setor privado, nas ONGs, nos municípios e, principalmente, nos DIVERSOS PARTIDOS, não é debatida e encarada pelos veículos da mídia televisiva do nosso país porque não é conveniente, pois querem perseguir os que vestem vermelho, os que estão do outro lado da cerca da segregação social a qual querem impor ao Brasil.

Essa postura desleal à Lei promovida por empresas que usufruem de concessões do Estado demonstra fragilidade em nosso ordenamento jurídico, pois em nome da liberdade de expressão autoriza uma grande corporação multinacional interferir na política interna do país de maneira ilegal e com informações “vazadas” de modo sorrateiro e seletivo, esperamos que o JUDICIÁRIO brasileiro coloque ordem nesse caos criado pela mídia, e que o princípio da igualdade seja levado em conta, estão querendo impedir a participação dos seguimentos populares no Estado democrático de direito, o que é um crime, mesmo sem possuírem proposta alternativa. 

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