terça-feira, 11 de agosto de 2015

PACTO FEDERATIVO E OS MUNICÍPIOS

A discussão sobre PACTO FEDERATIVO não deve se limitar ao acolhimento dos pedidos de mais recurso da parte dos prefeitos brasileiros sem atestarem a institucionalidade em seus Territórios Municipais, muitos dos entes federados não possuem um controle social forte e a população não participa do governo público.

Os deputados que defendem o interesse das prefeituras, sem antes exercerem a fiscalização e a constatação do funcionamento adequado das instituições no respectivo território, defendem antes, seus interesses eleitoreiros que o direito dos brasileiros.

Os municípios são entes FEDERADOS e cumprem função essencial no Estado brasileiro, mas enquanto os indicadores de gestão fiscal e de transparência sinalizarem a incapacidade dos gestores municipais de administrarem os recursos públicos, não será a transferência de MAIS RECURSOS que resolverá o problema dos munícipes nas diversas áreas.

O pacto entre as FEDERAÇÕES deve ocorrer a partir do reconhecimento e exercício da função constitucional de cada um (União, Estado e Município) e da construção de um ambiente favorável para todos os entes no cumprimento do disposto na Constituição de 1988, e isso não ocorrerá transferindo responsabilidade e ignorando instâncias locais, regionais e federais de discussão, principalmente, as que têm a PARTICIPAÇÃO notória da sociedade civil.

Não é possível aceitar como projeto de reforma e pacto federativo um conjunto de iniciativa oportunista de DEPUTADOS FEDERAIS que ignoram a fase pela qual passa o Brasil e tumultua ainda mais com pautas incompatíveis com a capacidade de financiamento do país.

No fundo esses deputados sabem do equivoco que estão cometendo, mas se orientam através de indivíduos como Eduardo Cunha que atropela a institucionalidade em nome do interesse próprio e corporativo. Todas as Leis devem ser aperfeiçoadas pelos legisladores, sempre que necessário, sem alarde.

Sendo obrigação constitucional do município, garantir o direito à saúde, por exemplo, naturalmente que o Estado deve lhe prover o recurso, mas existem os caminhos para isso e que não devem ser ignorados em nome do populismo e da corrida ensandecida por votos dos descrentes.    

Nenhum comentário:

Postar um comentário