terça-feira, 14 de julho de 2015

O IMPACTO DA MÁ POLÍTICA NAS GERAÇÕES FUTURAS

Passa ano e entra ano a realidade local continua a mesma, sem proporcionar oportunidades de vida digna para as pessoas do lugar. E essa letargia pode ser atribuída à má política praticada ao longo de gerações.


A política malévola é a que funciona sem respeitar as diretrizes do Estado brasileiro e os membros dessa modalidade de fazer política não estão comprometidos com o desenvolvimento local.

Pode ser considerada uma má política a que permite que os instrumentos da sociedade sejam utilizados como meros mecanismos fisiológicos a serviço de interesses próprios. A cumplicidade da sociedade com os maus políticos, por sua vez, perpetua ainda mais a falta de perspectiva da população.

Os maus políticos atribuem o funcionamento precário dos serviços públicos à escassez de recursos, ao mesmo tempo, não são capazes de apresentar à sociedade como os recursos estão sendo gastos e em que momento do processo evidencia-se o subfinanciamento.

Não apresentam relatórios setoriais convincentes e a maioria dos setores funciona sem o mínimo planejamento, sendo assim, não é possível medir a eficiência do gasto público.

O imediatismo e ganância dos maus políticos os impedem de enxergar o dano que estão causando aos interesses de médio e logo prazos da cidade. Não refletem sobre a possibilidade de ter qualidade de vida no Território Municipal.

Esse comportamento traduz a visão curta dessa modalidade de políticos que de maneira irrefletida prejudicam várias gerações do lugar, muitas vezes apegados a métodos arcaicos e oligárquicos de fazer política e por meio de golpes contra a fé pública.

Os municípios onde as condições sociais e econômicas colocam a população em situação de vulnerabilidade, nestes é que a coisa pública deve funcionar exemplarmente, pois os contribuintes pobres são os que mais sofrem com a ausência de serviços públicos básicos.

À medida que os maus políticos negligenciam o papel das instituições públicas locais, principalmente, as políticas públicas que impactam diretamente na qualidade de vida da população como educação e saúde, deixam de construir uma realidade melhor para os que vem depois.  

Não existe nada que justifique a prática da má política, pois é o interesse da maioria que está em jogo, sonhos e desejos pessoais e de algumas famílias, não podem sobrepujar a necessidade apresentada pelo conjunto da sociedade.

É para isso que existe o Estado de direito, para assegurar a equidade que deve existir entre as pessoas no Brasil, sendo assim, os recursos públicos precisam ser gastos respeitando prioridades previamente identificadas através de instrumentos de diagnóstico e planejamento.

Não é mais possível aceitar que um gestor atribua ao acaso a não efetividade de alguns serviços públicos, sem que ao menos seja capaz de detalhar o processo que constitui os mesmos.

A condução amadora e improvisada dos maus políticos não é o que orienta a Constituição de 1988 e os seus instrumentos infraconstitucionais, princípios como transparência e legalidade, estão presentes em todo o ordenamento jurídico do país, inclusive, na Lei Orgânica de cada Território Municipal.

Desse modo, podemos concluir que os maus políticos prejudicam conscientemente a população quando negam transparência e deixam de estruturar de maneira racional os serviços a serem oferecidos.

Governos municipais conduzidos por maus políticos, por exemplo, não estão preocupados com a qualidade de vida da população, e muito menos com os indicadores pelos quais devem se orientar para perseguir o desenvolvimento humano local.

Estão mais preocupados em realizar a “contabilidade criativa”, que no caso de municípios pobres, onde o controle social é fraco, geralmente, passa despercebida pela população com a anuência de um legislativo interesseiro e assistencialista.   

Essa nulidade administrativa da cidade impede o município de utilizar o seu potencial como instituição pública, de modo que encontra dificuldades quando é necessário pactuar e construir parcerias com outros órgãos públicos e entes federados, impossibilitando, inclusive, as parcerias público-privadas.

Um município que é conduzido sem planejamento, certamente, não está comprometido com as gerações futuras, e ano após ano não avança no enfrentamento das suas necessidades, sendo que as pessoas mais pobres as mais prejudicadas, e no caso dos municípios que tem mais da metade da população em situação de pobreza, o sofrimento é generalizado.

Por todos os aspectos levantados, mais a necessidade de assegurar um futuro melhor para o conjunto da população é que os maus políticos deveriam abandonar os seus métodos sórdidos e passarem a se orientar pelas leis do país que asseguram vida digna a todos, sendo necessário, apenas, o seu cumprimento.

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