O sistema político subterrâneo
funciona à margem do Estado democrático de direito e tem como lideranças
indivíduos que não respeitam a Leis do país, e que se valem do total
distanciamento da comunidade dos direitos e da cidadania.
Os políticos da modalidade subterrânea
entendem todas as atividades da máquina no cumprimento das políticas públicas
asseguradas em leis, como ajudas e presentes que “caem do céu” para os
“necessitados”, ignoram a importância de diagnósticos e planos para realização
dos serviços demandados pela população.
No critério utilizado pelas
Nações Unidas para medir o desenvolvimento humano os fatores saúde, educação e
renda são reconhecidos como essenciais para medir um progresso de uma
sociedade. O indicador possui escala que vai de 0 a 1 e quanto mais próximo de
1 melhor é o desenvolvimento humano.
Além de elementos como a
desigualdade de renda e a diversidade do país, a política subterrânea é o que
impede o desenvolvimento de comunidades onde a principal fonte de recurso é o
poder público.
Essa característica da política
exercida por assistencialistas, onde se omite o controle social com
naturalidade, onde e as audiências e conferências públicas são marcadas pela
pouca participação da coletividade, condena alguns Territórios Municipais à
falta de perspectiva.
São dados aos 5.570 municípios
brasileiros os mesmos instrumentos da burocracia estatal brasileira e a legislação
que se aplica nos municípios ricos do país, é a mesma que deveria se aplicada
nas cidades pobres do Brasil.
O funcionamento adequado da legislação
depende muito da política praticada localmente. Se os agentes que são eleitos
para assegurarem esses direitos na cidade omitem ou negligenciam elementos como
o controle social e a transparência, acabam impedindo que o município desenvolva
o seu potencial.
Os praticantes da política
subterrânea, descomprometida com o bem comum, a exerce sobre o sofrimento
humano e não são capazes de se colocarem no lugar do outro nem por um instante,
limitando-se à ideia arcaica e ilegal de que as necessidades das pessoas devam
ser “supridas” através do assistencialismo.
Esse caráter da política
subterrânea praticada pelos maus políticos é o que impede o desenvolvimento do
lugar, ou seja, não é a falta de recursos que impedem os cidadãos de acessarem
os seus direitos, não em um primeiro momento.
Se um governo é exercido sobre o
acaso e mergulhado em contingências, sem ao menos se ater ao caráter de plano
de médio prazo do PPA cumprindo as metas e prioridades que foram elencadas na
Lei Orçamentária para o período, este será um governo de faz de conta.
Se ao invés de preocupar com a
análise qualitativa e o bem-estar da população, o governo se contentar em
satisfazer o Tribunal de Contas com documentos maquiados e fisiológicos, que em
alguns casos, não passam pelo crivo dos auditores, o gestor estará resumindo a
expectativa da sociedade à sua própria expectativa de não ter as contas
negadas.
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