quarta-feira, 22 de julho de 2015

POLÍTICA SUBTERRÂNEA E DESENVOLVIMENTO HUMANO

O sistema político subterrâneo funciona à margem do Estado democrático de direito e tem como lideranças indivíduos que não respeitam a Leis do país, e que se valem do total distanciamento da comunidade dos direitos e da cidadania.

Os políticos da modalidade subterrânea entendem todas as atividades da máquina no cumprimento das políticas públicas asseguradas em leis, como ajudas e presentes que “caem do céu” para os “necessitados”, ignoram a importância de diagnósticos e planos para realização dos serviços demandados pela população.

No critério utilizado pelas Nações Unidas para medir o desenvolvimento humano os fatores saúde, educação e renda são reconhecidos como essenciais para medir um progresso de uma sociedade. O indicador possui escala que vai de 0 a 1 e quanto mais próximo de 1 melhor é o desenvolvimento humano.

Além de elementos como a desigualdade de renda e a diversidade do país, a política subterrânea é o que impede o desenvolvimento de comunidades onde a principal fonte de recurso é o poder público.

Essa característica da política exercida por assistencialistas, onde se omite o controle social com naturalidade, onde e as audiências e conferências públicas são marcadas pela pouca participação da coletividade, condena alguns Territórios Municipais à falta de perspectiva.    

São dados aos 5.570 municípios brasileiros os mesmos instrumentos da burocracia estatal brasileira e a legislação que se aplica nos municípios ricos do país, é a mesma que deveria se aplicada nas cidades pobres do Brasil.

O funcionamento adequado da legislação depende muito da política praticada localmente. Se os agentes que são eleitos para assegurarem esses direitos na cidade omitem ou negligenciam elementos como o controle social e a transparência, acabam impedindo que o município desenvolva o seu potencial.

Os praticantes da política subterrânea, descomprometida com o bem comum, a exerce sobre o sofrimento humano e não são capazes de se colocarem no lugar do outro nem por um instante, limitando-se à ideia arcaica e ilegal de que as necessidades das pessoas devam ser “supridas” através do assistencialismo.

Esse caráter da política subterrânea praticada pelos maus políticos é o que impede o desenvolvimento do lugar, ou seja, não é a falta de recursos que impedem os cidadãos de acessarem os seus direitos, não em um primeiro momento.

Se um governo é exercido sobre o acaso e mergulhado em contingências, sem ao menos se ater ao caráter de plano de médio prazo do PPA cumprindo as metas e prioridades que foram elencadas na Lei Orçamentária para o período, este será um governo de faz de conta.

Se ao invés de preocupar com a análise qualitativa e o bem-estar da população, o governo se contentar em satisfazer o Tribunal de Contas com documentos maquiados e fisiológicos, que em alguns casos, não passam pelo crivo dos auditores, o gestor estará resumindo a expectativa da sociedade à sua própria expectativa de não ter as contas negadas.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário