quarta-feira, 29 de abril de 2015

SEMIÁRIDO BRASILEIRO: CURRAL VIRTUAL

À medida que aprofundamos a compreensão sobre os desafios do desenvolvimento social e econômico da região, constatamos que a má política e a condução equivocada das instituições públicas locais, é sim o maior limitador para que os brasileiros da região tenham direitos básicos assegurados, inclusive, o direito a emprego e renda.

Existem as potencialidades da agricultura familiar, a infra-estrutura possibilitada pela Embrapa Semiárido e no caso da Bahia, existe uma empresa de atende diretamente aos agricultores do Estado, desse modo, o único impeditivo do desenvolvimento dos municípios rurais da região é a falta de ação dos governos locais no sentido de fomentar as próprias potencialidades.

Desse modo, pode-se concluir que no século XXI, o Semiárido brasileiro é servido de tecnologia de ponta, no entanto a gestão pública, conduzida pela sociedade através do voto direto do cidadão ao invés de cumprir o protagonismo sugerido pela Constituição de 1988, trabalha, na maioria dos casos contra o desenvolvimento rural sustentável da região.

Essa realidade se deve à necessidade de preservar a miséria para manterem-se no poder. Ao centrar o projeto de poder na força motriz gerada pela manutenção do sofrimento humano dos brasileiros desta região, os arranjos políticos locais e regionais ainda não foram capazes de superar os impeditivos do desenvolvimento desses brasileiros estigmatizados.

Depois de 1988, persistir utilizando tal método político de curral eleitoral, cercando o gado com as limitações do sofrimento, é crime de lesa-pátria. Bastavam cumprir o que estabelece a legislação do país que veríamos florescer um amanhã diferente no Semiárido brasileiro.      

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